Micotoxinas, Mais Vale Prevenir do Que Remediar
17 abril 2017
-
2 minutos
As micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos. A sua presença nos alimentos da vaca leiteira e posterior ingestão propiciam a diminuição da performance produtiva e o aparecimento de problemas de saúde culminando em perdas económicas significativas para os produtores de leite.
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COMO APARECEM?
Perante certas condições, como altas temperaturas ambientais, elevada humidade, pragas nas plantas no campo e presença de oxigénio em forragens conservadas, o desenvolvimento fúngico é potenciado podendo originar a produção de micotoxinas nos alimentos. A contaminação fúngica pode ocorrer antes da colheita das plantas, durante o armazenamento, no transporte, no processamento e até já na manjedoura.
EFEITOS DAS MICOTOXINAS NA VACA LEITEIRA
Em comparação com os monogástricos os ruminantes são menos suscetíveis aos efeitos causados pelas micotoxinas uma vez que a flora ruminal tem a capacidade de degradar e inativar algumas. No entanto, devido à complexidade da dieta da vaca leiteira, composta por forragens secas e conservadas e alimentos concentrados, o risco de exposição a uma ampla variedade de micotoxinas aumenta. É reconhecido pela comunidade cientifica que a conjugação de várias micotoxinas resulta num efeito sinérgico que origina resultados negativos na saúde da vaca leiteira e na sua performance produtiva.
A ingestão de grande quantidade de micotoxinas pode causar uma micotoxicose aguda, mas o mais comum é que sejam observados efeitos crónicos originados pelo consumo de quantidades reduzidas ao longo do tempo.
Esses efeitos crónicos podem ser:
• Quebra da ingestão
• Redução da metabolização dos nutrientes
• Alteração da fermentação ruminal
• Imunossupressão
• Alterações da reprodução
• Distúrbios metabólicos
O diagnóstico é difícil, uma vez que os sintomas são inespecíficos e podem ser o resultado de um conjunto de doenças oportunistas.
Assim, quando estamos perante casos de quebras de produção geral ou individual, paragem ruminal, células somáticas elevadas, maus índices de fertilidade, podemos e devemos ponderar estarmos perante um caso de micotoxicose no efetivo.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
A prevenção da formação de micotoxinas é essencial, pois não existem técnicas para as eliminar ou neutralizar eficazmente dos alimentos.
Uma boa prevenção consiste em:
• Implementar boas práticas agrícolas na produção de forragens (a maior parte das micotoxinas encontradas em forragens são produzidas no campo antes da ensilagem);
• Realizar a colheita no estado de maturação correto e com níveis de matéria seca e humidade adequados;
• Proceder a um enchimento do silo rápido, realizar uma boa compactação e utilizar técnicas e materiais que impeçam a entrada de oxigénio;
• Fazer o maneio da frente do silo de forma a que esta fique exposta ao ar o menor tempo possível e retirar do silo os resíduos de silagem rejeitada para evitar novas contaminações;
• Armazenamento em local limpo e seco dos fenos e palhas;
• Limpeza e manutenção regular dos silos dos alimentos concentrados.
No entanto, quando os alimentos já estão contaminados devemos fazer o seguinte:
• Retirar da alimentação o alimento contaminado. Caso não seja possível a eliminação total, a sua ingestão deve ser reduzida ao mínimo. Podemos diluir a forragem problema numa forragem não contaminada (forragem de boa qualidade);
• Nas silagens de milho e erva retirar toda a silagem com bolores e “podres”;
• Adicionar adsorventes de micotoxinas na dieta. Estes aditivos atuam no trato digestivo da vaca adsorvendo e/ou neutralizando parcialmente as micotoxinas.
Perante certas condições, como altas temperaturas ambientais, elevada humidade, pragas nas plantas no campo e presença de oxigénio em forragens conservadas, o desenvolvimento fúngico é potenciado podendo originar a produção de micotoxinas nos alimentos. A contaminação fúngica pode ocorrer antes da colheita das plantas, durante o armazenamento, no transporte, no processamento e até já na manjedoura.
EFEITOS DAS MICOTOXINAS NA VACA LEITEIRA
Em comparação com os monogástricos os ruminantes são menos suscetíveis aos efeitos causados pelas micotoxinas uma vez que a flora ruminal tem a capacidade de degradar e inativar algumas. No entanto, devido à complexidade da dieta da vaca leiteira, composta por forragens secas e conservadas e alimentos concentrados, o risco de exposição a uma ampla variedade de micotoxinas aumenta. É reconhecido pela comunidade cientifica que a conjugação de várias micotoxinas resulta num efeito sinérgico que origina resultados negativos na saúde da vaca leiteira e na sua performance produtiva.
A ingestão de grande quantidade de micotoxinas pode causar uma micotoxicose aguda, mas o mais comum é que sejam observados efeitos crónicos originados pelo consumo de quantidades reduzidas ao longo do tempo.
Esses efeitos crónicos podem ser:
• Quebra da ingestão
• Redução da metabolização dos nutrientes
• Alteração da fermentação ruminal
• Imunossupressão
• Alterações da reprodução
• Distúrbios metabólicos
O diagnóstico é difícil, uma vez que os sintomas são inespecíficos e podem ser o resultado de um conjunto de doenças oportunistas.
Assim, quando estamos perante casos de quebras de produção geral ou individual, paragem ruminal, células somáticas elevadas, maus índices de fertilidade, podemos e devemos ponderar estarmos perante um caso de micotoxicose no efetivo.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
A prevenção da formação de micotoxinas é essencial, pois não existem técnicas para as eliminar ou neutralizar eficazmente dos alimentos.
Uma boa prevenção consiste em:
• Implementar boas práticas agrícolas na produção de forragens (a maior parte das micotoxinas encontradas em forragens são produzidas no campo antes da ensilagem);
• Realizar a colheita no estado de maturação correto e com níveis de matéria seca e humidade adequados;
• Proceder a um enchimento do silo rápido, realizar uma boa compactação e utilizar técnicas e materiais que impeçam a entrada de oxigénio;
• Fazer o maneio da frente do silo de forma a que esta fique exposta ao ar o menor tempo possível e retirar do silo os resíduos de silagem rejeitada para evitar novas contaminações;
• Armazenamento em local limpo e seco dos fenos e palhas;
• Limpeza e manutenção regular dos silos dos alimentos concentrados.
No entanto, quando os alimentos já estão contaminados devemos fazer o seguinte:
• Retirar da alimentação o alimento contaminado. Caso não seja possível a eliminação total, a sua ingestão deve ser reduzida ao mínimo. Podemos diluir a forragem problema numa forragem não contaminada (forragem de boa qualidade);
• Nas silagens de milho e erva retirar toda a silagem com bolores e “podres”;
• Adicionar adsorventes de micotoxinas na dieta. Estes aditivos atuam no trato digestivo da vaca adsorvendo e/ou neutralizando parcialmente as micotoxinas.
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