As boas práticas de maneio são vitais para aproveitar todo o potencial deste recurso, sendo esta uma das várias áreas de intervenção onde o produtor de leite assume um papel preponderante pois é o principal responsável pela qualidade das suas forragens.
A qualidade da silagem está dependente das decisões e práticas de maneio implementadas antes, durante e depois da ensilagem. Podemos dividir o processo de fazer e utilizar silagem em duas fases principais:
A retirada do silo e distribuição da silagem aos animais é o último passo de um longo processo. Um maneio incorreto nesta fase pode comprometer todo o trabalho efetuado anteriormente se não forem seguidas algumas recomendações básicas, correndo-se o risco da silagem oferecida aos animais ser de qualidade deficiente, resultando em prejuízos económicos para as explorações.
Após a abertura do silo a silagem fica exposta ao ar. Nesta situação os microrganismos aeróbios (aqueles que necessitam de oxigénio para sobreviverem) podem entrar em atividade.
Os fungos e leveduras são os principais responsáveis pelo aquecimento da silagem e pela perda de matéria seca, energia e proteína (ver quadro 1). Os fungos ativos podem ainda, em determinadas condições, produzir micotoxinas com efeitos muito negativos para os animais.
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE MANEIO DO SILO
Fig 1 – Exemplo de falta de pressão na parte superior do silo
Fig 2 - Exemplo de superfície do silo “esburacada”
Fig 3 – Silagem instável com temperatura elevada
No quadro abaixo estão descritos os efeitos que podem ser observados quando a silagem apresenta uma temperatura de 10, 20 ou 30ºC acima da temperatura de referência.
CONCLUSÃO
A silagem é um recurso que está sob o controlo do produtor, que decide se esta será, ou não, utilizada com sucesso. O seguimento de recomendações simples de maneio do silo assegura a diminuição de perdas inerentes à exposição ao oxigénio promovendo desta forma uma alimentação com forragem de qualidade.
REFERÊNCAIS BIBLIOGRÁFICAS
Freixial, Ricardo e Alpendre, Pedro. 2013. Conservação de Forragens Ensilagem. Universidade de Évora.
Lima, J.A. de, Cunha, E.A. 2006. Silagem: Capricho na retirada é fundamental para colocar no cocho silagem de boa qualidade.
Keith K. Bolse net all. Silage Management: Five Key Factors. Department of Animal Sciences and Industry, Kansas State University, Manhattan, KS 66506
Whitlock, L. A. 1999. Effect of level of surface spoilage in the diet on feed intake, nutrient digestibilities, and ruminal metabolism in growing steers fed a whole-plant corn silage-based diet. M. S. thesis. Kansas State University, Manhattan.
A qualidade da silagem está dependente das decisões e práticas de maneio implementadas antes, durante e depois da ensilagem. Podemos dividir o processo de fazer e utilizar silagem em duas fases principais:
- A ensilagem
- O processo de retirada do silo e distribuição aos animais
A retirada do silo e distribuição da silagem aos animais é o último passo de um longo processo. Um maneio incorreto nesta fase pode comprometer todo o trabalho efetuado anteriormente se não forem seguidas algumas recomendações básicas, correndo-se o risco da silagem oferecida aos animais ser de qualidade deficiente, resultando em prejuízos económicos para as explorações.
Após a abertura do silo a silagem fica exposta ao ar. Nesta situação os microrganismos aeróbios (aqueles que necessitam de oxigénio para sobreviverem) podem entrar em atividade.
Os fungos e leveduras são os principais responsáveis pelo aquecimento da silagem e pela perda de matéria seca, energia e proteína (ver quadro 1). Os fungos ativos podem ainda, em determinadas condições, produzir micotoxinas com efeitos muito negativos para os animais.
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE MANEIO DO SILO
- Só abrir o silo após ter decorrido o período de fermentação adequado (nunca antes de 6 semanas);
- Manter sempre a frente do silo com pressão (ex: sacos de areia) para evitar a entrada de oxigénio na parte superior do si1lo (Fig 1);
- Todas as partes de silagem estragadas com aspeto bolorento e apodrecido têm de ser descartadas;
- As partes descartadas não podem ser deixadas no chão do silo;
- A fatia de silagem a ser retirada do silo diariamente, não deve ser inferior a 20 - 30 cm (1,5 a 2 m por semana);
- Deve retirar-se a silagem de forma que a frente do silo seja mantida lisa, ou seja, não devem ser escavados ´buracos´ ou ´escadas` na frente do silo (Fig 2);
- A silagem não deverá ser retirada apenas numa parte da frente do silo, mas sim em toda a sua frente. A largura dos silos em de ser de acordo com consumo diário de silagem para que o tempo de exposição desta ao ar seja a menor possível;
- O tempo que decorre entre a retirada da silagem e a distribuição na manjedoura deverá ser o menor possível. Em situações de instabilidade da silagem ou com temperaturas do ar elevadas deve dividir-se a dose diária de alimento em duas vezes.
Fig 1 – Exemplo de falta de pressão na parte superior do silo
Fig 2 - Exemplo de superfície do silo “esburacada”
Fig 3 – Silagem instável com temperatura elevada
No quadro abaixo estão descritos os efeitos que podem ser observados quando a silagem apresenta uma temperatura de 10, 20 ou 30ºC acima da temperatura de referência.
CONCLUSÃO
A silagem é um recurso que está sob o controlo do produtor, que decide se esta será, ou não, utilizada com sucesso. O seguimento de recomendações simples de maneio do silo assegura a diminuição de perdas inerentes à exposição ao oxigénio promovendo desta forma uma alimentação com forragem de qualidade.
REFERÊNCAIS BIBLIOGRÁFICAS
Freixial, Ricardo e Alpendre, Pedro. 2013. Conservação de Forragens Ensilagem. Universidade de Évora.
Lima, J.A. de, Cunha, E.A. 2006. Silagem: Capricho na retirada é fundamental para colocar no cocho silagem de boa qualidade.
Keith K. Bolse net all. Silage Management: Five Key Factors. Department of Animal Sciences and Industry, Kansas State University, Manhattan, KS 66506
Whitlock, L. A. 1999. Effect of level of surface spoilage in the diet on feed intake, nutrient digestibilities, and ruminal metabolism in growing steers fed a whole-plant corn silage-based diet. M. S. thesis. Kansas State University, Manhattan.
Tópicos relacionados: