Redução do uso de antibióticos para eliminação da resistência antimicrobiana
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a chamar a atenção para o aumento da resistência antimicrobiana no mundo inteiro e a necessidade de reduzir o uso de antibióticos usados nos cuidados de saúde e na produção pecuária e de aquacultura. Na De Heus reconhecemos a importância desta questão.
O que é a resistência antimicrobiana?
A resistência antimicrobiana ocorre quando as bactérias, ou outros micróbios, sofrem mutações ao longo do tempo e deixam de responder aos medicamentos, químicos ou outros agentes concebidos para curar ou prevenir infeções comuns e aumenta a possibilidade de gerações futuras virem a sofrer de doenças que hoje são curáveis, mas que podem deixar de o ser amanhã.
O que causa o aumento da resistência antimicrobiana?
A resistência aos antimicrobianos tem vindo a crescer significativamente ao longo das últimas décadas. De acordo com a OMS, o principal responsável pelo aumento da resistência antimicrobiana é o uso indevido e excessivo de antibióticos nos seres humanos, nos animais e nas plantas.
Além disso, a OMS explica que também são responsáveis pelo aumento da resistência antimicrobiana as más práticas de diagnóstico e prescrição de antibióticos, pacientes que não cumprem os seus tratamentos, a falta de água potável e de saneamento nas unidades de saúde, explorações agrícolas e nas comunidades. Mas também a inadequada prevenção e controlo de infeções.
O que significa que, atualmente, os antibióticos estão a tornar-se cada vez menos eficazes, e novos antibióticos levam muito tempo a ser desenvolvidos. Além de que, se não mudarmos as práticas que, atualmente causam o aumento da resistência antimicrobiana, os antibióticos produzidos no futuro também irão acabar por tornar-se ineficazes.
O que pode a De Heus fazer para reduzir o uso de antibióticos?
Na De Heus sentimos a responsabilidade de contribuir para eliminar a resistência aos antibióticos tanto nos animais como nos seres humanos. Por isso, apoiamos os produtores na melhoria da saúde dos seus animais sem o uso desnecessário de antibióticos. Animais saudáveis produzem melhor, o que tem um impacto positivo nos rendimentos do agricultor, e aumenta a sua vontade de produzir proteína animal de um modo mais sustentável.
Em Março de 2021, decidimos fazer da redução de antibióticos um dos nossos Objetivos Verdes Globais. Estes objetivos refletem a nossa ambição sobre uma produção mais sustentável de rações e alimentos até 2030, abordando as questões de sustentabilidade associadas à indústria de rações e à produção de proteína animal.
A redução de antibióticos
Em 2030, a De Heus será a referência na cadeia de valor na melhoria da saúde animal nas explorações agrícolas e na utilização responsável dos antibióticos. Além disso, até 2030 a De Heus não utilizará antibióticos como promotores de crescimento ou de forma preventiva e não usará nenhum antibiótico de importância crítica (tal como definido pela OMS) de forma curativa.
Descubra os nossos Objetivos Verdes Globais
Sabemos que o uso responsável de antibióticos é um desafio difícil de enfrentar porque existem grandes diferenças entre os países e os mercados em que operamos, mas é possível! Por exemplo: Os antibióticos promotores de crescimento foram proibidos na União Europeia em 2006, levando a um aumento nas vendas de antibióticos para fins terapêuticos. No entanto, em 2009, quando o governo holandês interveio definindo doses diárias e transparência nas prescrições, houve uma queda de 56% nas vendas de antibióticos para explorações pecuárias holandesas até 2021, sem redução na produção ou nos ganhos das explorações.
Se cada um de nós fizer a sua parte, é possível minimizar o risco das bactérias desenvolverem resistência antimicrobiana. De forma a ajudar os nossos clientes e a alcançar o nosso próprio Objetivo Verde Global, desenvolvemos um programa chamado Natural Power. Este programa oferece aos produtores soluções direcionadas para melhorar a saúde dos seus animais e a otimizar o seu desempenho. Isso irá ajudá-los a reduzir a dependência de medicamentos nas suas explorações.