Resistência antimicrobiana: O que podemos fazer todos para a prevenir

Lia Hoving

International Product manager Pigs

16 março 2022
-
4 minutos

A utilização de antibióticos, seja como medida curativa ou preventiva, é comum na produção animal. Muitos antibióticos usados para tratar animais também são usados na medicina humana, visto que as bactérias não distinguem entre humanos e animais. No entanto, esta utilização cruzada pode ter custos.

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Resistência bacteriana aos antibióticos

A utilização generalizada de antibióticos nos animais, bem como a sua utilização errada nos seres humanos, pode fazer com que as bactérias desenvolvam resistências aos antibióticos. A resistência antimicrobiana, como é conhecida, ocorre quando as bactérias, ou outros micróbios, criam mutações ao longo do tempo e deixam de responder aos medicamentos, aos químicos ou a outros agentes desenhados para curar ou prevenir infecções e doenças.

Um aviso da Europa

A resistência antimicrobiana tem crescido significativamente ao longo das últimas décadas, ao mesmo tempo que o desenvolvimento de novos antibióticos tem sido limitado. Um exemplo bem conhecido é o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), uma mutação do S. aureus, uma bactéria normalmente encontrada na pele. As pessoas infectadas com MRSA têm uma probabilidade 64% superior de morrer do que as pessoas com infecções que respondem aos medicamentos.

A MRSA tornou-se um problema significativo nos hospitais europeus nos início do século XXI, e tem uma ligação ao uso de antibióticos nos animais de consumo humano. Muitos países começaram a testar os agricultores e as suas famílias para MRSA antes de os admitir nos hospitais. Os que testavam positivo eram tratados em isolamento, de modo a impedir o contágios dos outros pacientes. Felizmente, a resisitência antimicrobiana pode ser revertida.

Reverter a tendência

As imagens abaixo (em inglês) mostram as percentagens de amostras de MRSA recolhidas em hospitais europeus em 2009 e 2013. As setas indicam uma tendência crescente (↑) ou decrescente (↓) para o período de 2006-2009 (gráfico da esquerda) e para o período de 2010-2013 (gráfico da direita). O número de países onde mais de 50% das amostras eram resistentes (a vermelho escuro no mapa) também reduziu entre 2009 e 2013. Isto deveu-se a uma utilização mais prudente de antibióticos, bem como a uma monitorização mais restritiva.



Regular o uso de antibióticos nas explorações

A utilização de antibióticos na produção animal é muitas vezes vista como um dos pricipais factores de risco da resisitência antimicrobiana. Os governos de todo o mundo estão a trabalhar para melhorar as práticas de uso de antibióticos nas explorações agrícolas, incluindo através de regulamentações mais restritivas. Por exemplo, em muitos países, os produtores ainda podem tratar os animais doentes, mas o tipo de antibióticos permitidos é restrito. Entretanto, uma proibição global da ainda comum prática do uso de antibióticos como método profilático de doenças nos animais deverá acontecer brevemente.

Faça a sua parte, com a nossa abordagem prática

Todos podemos fazer a nossa parte para minimizar o risco das bactérias desenvolverem resistências antimicrobianas. O programa Natural Power da De Heus fornece as ferramentas necessárias à melhoria da saúde dos seus animais e otimiza o seu desempenho, ao mesmo tempo que ajuda na redução da necessidade de medicações.

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